A entrega de prémios da 12.ª edição do concurso Prémio de Artes Visuais Medeiros Cabral, promovido pela Associação de Seniores de São Miguel e destinado aos alunos do Curso Científico-Humanístico de Artes Visuais de São Miguel, decorreu no Teatro Micaelense, no dia 9 de Março. Concorreram 84 trabalhos, realizados pelos alunos de Artes Visuais do 11. º e 12. anos da Escola Secundária Antero de Quental, nas categorias de Instalação, Desenho/ Pintura e Multimédia. Os trabalhos que exploraram o tema “A paisagem é uma construção mental” foram desenvolvidos no âmbito das disciplinas de Desenho A, Oficinas de Multimédia B e Oficina de Artes.
Os trabalhos vencedoras foram distinguidos com prémios pecuniários aos alunos: Bernardo Prisca, com o trabalho intitulado de ” Deus Quer, o Homem Sonha, a Obra Nasce”, na Categoria de Instalação; Guilherme Torre, na categoria de Desenho e Pintura e Marta Vaz , na categoria de Multimédia, e ainda foram atribuídas Menções Honrosas a: Ana Luísa Maximino, com o trabalho intitulado de ” Limbo”, na categoria de instalação; Matilde Furtado, com o trabalho intitulado de “Memória de um presente”, na categoria de Desenho e Pintura e a Eva Frias, na categoria de Multimédia.
SINOPSE:
Prémio na categoria de instalação:
Bernardo Prisca – ” Deus Quer, o Homem Sonha, a Obra Nasce”
Como é que o registo pode ser transmitido sem lhe ser atribuído uma essência banal? A substância da perspectiva só pode ser compreendida se for apresentada toda a sua composição.
As três peças refletem entre si as passagens entre a especulação, a formação e finalmente a projeção do que é percetível, completando-se. Os três planos do intelecto gráfico, a forma material que a promessa de uma paisagem toma.
Menção Honrosa na Categoria de Instalação:
Ana Luísa Maximino – ” Limbo”
Esta peça conceptual é uma referência ao poder do nosso estado mental perante o incerto nevoeiro que encobre a nossa paisagem. Dependendo da cor escolhida este pode representar um sentimento de esperança quase sebastianista, ou uma vida caracterizada pela apatia, ou uma simples memória de dias de nevoeiro passados …ou o que seja.
Técnica-mista
35cm x 35cm x 148cm
Menção Honrosa na Categoria de Pintura:
Matilde Furtado – “Memória de um presente”
A permanência da construção cultural de uma paisagem na consciência de um povo prevalece perante a destruição que domina o horizonte após uma guerra. Contudo, a memória perseverante do passado, completo e puro, é tingida pela devastação do presente, tornando os contornos da paisagem difusos: as planícies confundem-se com os destroços de uma civilização, as nuvens fundem-se com o fumo das bombas.