O NOSSO PATRONO




anterodequental

   Antero de Quental (18 de Abril de 1842 – 11 de Setembro de 1891) nasceu em Ponta Delgada (onde ainda foi aluno de António Feliciano de Castilho), frequentou a Universidade de Coimbra onde se formou em Direito (1864). Não foi, porém, o bacharelato em Direito que o motivou («tendo sido e ficando um insignificante legista», carta autobiográfica a W. Storck, 14 de Maio de 1887), mas a sua intervenção emotiva e empenhada nas questões literárias, sociais e políticas da época, nomeadamente a Questão Coimbrã (1865-1866), as Conferências do Casino (1871) e a divulgação e vivência do socialismo de P. J. Proudhon (no que foi seguido pelos seus amigos Eça de Queirós e J. P. Oliveira Martins). Deve lembrar-se que Coimbra reflectia, entre os estudantes (ainda não entre os professores…), o impacto das novas leituras trazidas pelo caminho-de-ferro: Hegel, Phoudhon, Victor Hugo, Balzac, Pöe, etc. Segundo um seu contemporâneo, Antero lia tudo o mais que podia.

   A Questão Coimbrã opô-lo a Castilho e ao que para alguns se considerava a «escola do elogio mútuo» e a exagerada continuação do Ultra-Romantismo. De facto, a Questão Coimbrã revelou um conflito entre a nova geração e a velha segunda geração romântica. Antero, com alguma «irreverência e excesso», conforme reconheceu mais tarde, escreveu a célebre carta «Bom Senso e Bom Gosto» (2 de Novembro de 1865) contra A. F. de Castilho, que houvera feito reparos à nova geração, no posfácio a Poema daMocidade de Pinheiro Chagas, referindo explicitamente Antero. Aquele escrito anteriano desencadeou uma polémica literária, que se prolongaria pelo ano de 1866 e levaria mesmo a um duelo à espada entre Antero e Ramalho Ortigão.

   As Conferências do Casino queriam estudar as grandes questões da ciência e da sociedade, tendo Antero feito a conferência de abertura (22 de Maio de 1871) e a célebre conferência «Causas da Decadência dos Povos Peninsulares nos Últimos Três Séculos» (27 de Maio de 1871), que influenciou toda a geração.

   Poeta de aspirações sociais e realistas desde as Odes Modernas (1865 – «a Poesia Moderna é a Voz da Revolução»), também é um poeta de angústias metafísicas, em sonetos dos mais belos da língua portuguesa (Sonetos, 1886, com prefácio do seu amigo Oliveira Martins), «autobiografia de um pensamento e memórias de uma consciência» (segundo a carta autobiográfica citada), «expressão lírica de uma angústia metafísica», (segundo Eça de Queirós, «Um Génio que era um Santo», In Memoriam, 1896).

   A sua crise interior teve não só tradução lírico-filosófica (um caso notável na literatura) como também existencial, diagnosticada como depressão, «degeneração» (o médico e amigo Sousa Martins), até à ideia de uma psicose maníaco-depressiva (Miller Guerra), talvez responsável por uma solução extrema como o suicídio, quando tentava viver e estabelecer-se em Ponta Delgada em 1891, após ter presidido (em vão) à Liga Patriótica do Norte (no Porto, em «resposta» patriótica à humilhação do Ultimato em 1890).

  A expressão das suas ideias filosóficas documenta-se, por exemplo, no artigo «A Filosofia da Natureza dos Naturalistas» e nas «Tendências Gerais da Filosofia na 2ª metade do século XIX».

   Antero de Quental, comummente integrado na chamada Geração de 70 do século XIX e no grupo dos «Vencidos da Vida», grupo constituído a partir de cerca de 1888 e reflectindo uma visão fim de século, é uma figura nacional de projecção europeia.



CARATERÍSTICAS




   A Escola oferece 30 salas de aula no edifício antigo e 41 na secção. Para além das respectivas salas, existem 2 salas de convívio para alunos, 1 sala de estudo, 2 salas de professores, 2 salas de trabalho docente  no edifício antigo -1 no Torreão e 1 no piso 0 -, um gabinete para cada grupo disciplinar e 3 ginásios desportivos cobertos. Existe também 1 sala de exposições e apresentações e 1 sala de teatro.

   O campo de jogos da Escola é composto por um campo de futebol (7 X 7) e um campo dimensionado para a modalidade de Ténis (vedado em rede), um polidesportivo essencialmente orientado para o Andebol e um segundo polidesportivo disponibilizado para os tempos de lazer dos alunos.

    A classe docente da Escola é composta por 210 professores distribuídos por 19 Grupos Disciplinares, 4 Técnicos Superiores, dos quais 2 psicólogas, 12 Assistentes Técnicos e 52 Assistentes Operacionais.

 

 

Estrutura >> Conselho pedagógico




PRESIDENTE
Carlos Resendes

PRESIDENTE DO CONSELHO EXECUTIVO
Carlos Amaral

COORDENADORES DOS DEPARTAMENTOS CURRICULARES
Línguas Românicas e Línguas Clássicas: Gertrudes Albergaria
Línguas Germânicas e Música: Marlene Dâmaso
Ciências Humanas: Manuel Vitorino
Economia e Matemática: Ana Paula Medeiros
Ciências Físico-Químicas e Geografia: Anabela Cantante
Ciências Naturais e Ed. Especial: Sónia Simas
Artes Visuais e Informática: Alexandra Batista
Educação Física e Educação Tecnológica: Ricardo Escarameia

COORDENADORES DE CICLO
3º Ciclo – Cristina Macedo
Secundário – Paula Sampaio

NÚCLEO DE PROJETOS
Pedro Melo

REPRESENTANTE DOS SERVIÇOS ESPECIALIZADOS DE APOIO EDUCATIVO:
Psicóloga – Cristina Vilaça

REPRESENTANTE DO PESSOAL NÃO DOCENTE
Helena Pimentel

REPRESENTANTE DOS PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO
Luís Amaral

REPRESENTANTE DOS ALUNOS
Bárbara Amaral

ASSOCIAÇÃO DE ESTUDANTES
Beatriz Carvalho

UM POUCO DE HISTÓRIA




 

UM POUCO DE HISTÓRIA

Uma Escola Açoriana

(Trabalho de Vítor Roque)

No local desta Escola Secundária Antero de Quental existiu o Paço dos Condes de Vila Franca.

  Em 1829, Jacinto Inácio Rodrigues da Silveira, posteriormente, Barão de Fonte Bela, adquire o Paço que, em 1830, manda demolir, para que aqui fosse construído o seu palácio, o palácio Fonte Bela, no qual “o neoclassicismo tem presença nos dois pórticos ladeados de colunas coríntias ao modo de arco triunfal”.

  Em 1851, por decreto de 20 de Setembro, o Comissário dos Estudos, Padre João José d’Amaral, foi encarregado da organização do “Liceu de Ponta Delgada”.

  Em 21 de Fevereiro de 1852 ficou, constituído o “Liceu de Ponta Delgada”, instalando-se, então, no antigo Convento da Graça (em parte do qual se encontra o Auditório de Ponta Delgada). Em 26 do mesmo mês, realizou-se a primeira sessão do Conselho Escolar, com o Corpo Docente constituído por seis professores, durante a qual o Padre João José d’Amaral foi eleito Reitor.

  Em 1901, o Liceu é elevado a “Central” e, em 1921, é transferido para o Palácio da Fonte Bela, onde hoje se encontra.
Mais tarde, passa a denominar-se “Liceu Antero de Quental”, em homenagem ao grande mentor da geração de 70, para, anos depois, por razões que uma razão esclarecida não pode aceitar, passar a denominar-se “Liceu Nacional de Ponta Delgada”.

  Em 1979, o mais que centenário “Liceu de Ponta Delgada”, retoma o nome do Poeta-Filósofo, o qual a Escola tanto se honra de ter como Patrono, passando a designar-se “Escola Secundária Antero de Quental”.

Estrutura >> Assembleia de Escola




REPRESENTANTES DO PESSOAL DOCENTE
Bento Fernando Oliveira Aguiar
Carlos António de Vargas Melo
Maria João Ruivo Franco
Luís Cabral
Maria de Fátima Medeiros Silva Bettencourt Giesta
Inésia Maria Resendes Cabral Raposo
Ana Paula Cordeiro Medeiros
Amélia da Conceição Salgueiro Amaral
Carla Maria Carvalho Machado
Teresa Maria de Azevedo Costa Melo

REPRESENTANTES DOS ALUNOS DO ENSINO SECUNDÁRIO
Presidente da Associação de Estudantes: Beatriz Carvalho
Rita Freitas Ferreira
Mª Isabel Costa Pereira

REPRESENTANTES DO PESSOAL NÃO DOCENTE
Anésia Benevides

REPRESENTANTES DOS PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO
Presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação: Luís Amaral

REPRESENTANTE DA AUTARQUIA LOCAL
Margarida Pais

PRESIDENTE DO CONSELHO PEDAGÓGICO
Carlos Resendes

PRESIDENTE DO CONSELHO EXECUTIVO
Carlos Amaral

REPRESENTANTE ACTIVIDADES DE CARÁCTER CULTURAL
Mónica Santos